Origem
A Terra começou quando o Sistema Solar estava tomando forma, provavelmente dentro de uma nuvem grande de gás e poeira em torno do Sol. A abundância relativa de uns elementos mais pesados no sistema solar sugere que estes gases e poeira eram derivados de uma supernova. Alguns elementos mais pesados são gerados dentro das estrelas pela fusão nuclear do hidrogênio, que são de outra maneira incomuns. Nós podemos ver processos similares ocorrer hoje em nebulosas, como a nebulosa M16. O sol formou-se dentro de uma nuvem de gás e poeira, e começou a se submeter à fusão nuclear e a emitir luz e calor. As partículas que orbitavam o sol começaram a se unir em corpos maiores, conhecidos como planetésimos, que continuaram a agregar-se em planetas maiores, o material "restante" deu forma a asteroides e cometas, como o asteroide Ida. Como as colisões entre planetésimos grandes liberam muito calor, a terra e outros planetas seriam derretidos no começo de sua historia. A solidificação do material derretido aconteceu enquanto a terra esfriou.

Os meteoritos mais velhos e as rochas lunares têm aproximadamente 4,5 bilhões de anos, mas a rocha mais velha da terra conhecida atualmente tem 3,8 bilhões de anos.2 Por algum tempo durante os primeiros 800 milhões de anos de sua historia, a superfície da Terra mudou do líquido ao sólido. Uma vez que a rocha dura formou-se na Terra sua historia geológica começou. Isto aconteceu provavelmente antes de 3,8 bilhões de anos, mas a evidência disso não esta disponível. A erosão e o tectonismo destruíram provavelmente toda a rocha mais antiga que 3,8 bilhões de anos. O começo do registro de rocha que existe atualmente na Terra é do Arqueano.
A Lua
A origem da Lua é incerta, mas as similaridades no teor dos elementos encontrados tanto na Lua quanto na Terra indicam que ambos os corpos podem ter tido uma origem comum. Nesse aspecto, alguns astrônomos e geólogos alegam que a Lua teria se desprendido de uma massa incandescente de rocha liquefeita primordial, recém-formada, através da força centrífuga. Outra hipótese, atualmente a mais aceita, é a de que um planeta desaparecido e denominado Theia, aproximadamente do tamanho de Marte, ainda no princípio da formação da Terra, teria se chocado com nosso planeta. Tamanha colisão teria desintegrado totalmente o planeta Theia e forçado a expulsão de pedaços de rocha líquida. Esses pequenos corpos foram condensados em um mesmo corpo, o qual teria sido aprisionado pelo campo gravitacional da Terra. Esta teoria recebeu o nome de Big Splash. Há ainda um grupo de teóricos que acreditam que, seja qual for a forma como surgiram, haveria dois satélites naturais orbitando a Terra: o maior seria a Lua, e o menor teria voltado a se chocar com a Terra, formando as massas continentais.

Origem da Vida
As primeiras formas de vida nasceram nas águas quentes e serenas do mar, ao abrigo dos raios ultravioletas do Sol. Eram pequenas esferas protegidas por uma membrana, em condições de se dividirem. Com o passar do tempo, essas primitivas "máquinas" vivas se uniram a corpúsculos prontos para a fotossíntese, para a respiração e para a reprodução.Tornaram-se assim verdadeiras células. Até, aproximadamente, um bilhão de anos, os habitantes da Terra eram seres microscópicos (semelhantes aos organismos unicelulares de hoje) que viviam isolados ou agregados em grandes colônias. A vida provavelmente esteve presente por todo o período Arqueano, mas deve ter sido limitada a simples organismos unicelulares não nucleados, chamados procariontes, pois não há fósseis de eucariotos tão antigos.

RNA
Fósseis de tapetes de [[cianobactérias (estromatólitos) são encontrados por todo o Arqueano, tornando-se especialmente comum mais tarde no éon, enquanto uns poucos fósseis prováveis de bactérias são conhecidos de certos depósitos de chert. Em adição ao domínio Bactéria, microfósseis de extremófilos do domínio Arquea também têm sido identificados. Não se conhecem fósseis de eucariontes, apesar de que eles podem ter evoluído durante o Arqueano e simplesmente não ter deixado quaisquer fósseis.
Atmosfera e fotossíntese primitiva
Podemos compreender razoavelmente a história da atmosfera da Terra até há um bilhão de anos atrás. A atmosfera moderna é também chamada "terceira atmosfera", para distinguir a composição química atual das duas anteriores. A primeira atmosfera, era principalmente hélio e hidrogênio. O calor provindo da crosta terrestre ainda em forma de plasma, e o sol a dissiparam. Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos atrás, a superfície do planeta tinha esfriado o suficiente para formar uma crosta endurecida, povoando-a com vulcões que liberaram vapor de água, dióxido de carbono e amoníaco. Desta forma, surgiu a "segunda atmosfera", que era formada principalmente de dióxido de carbono e vapor de água, amoníaco, metano e óxidos de enxofre. Nesta segunda atmosfera quase não havia oxigénio livre, era aproximadamente 100 vezes mais densa do que a atmosfera atual. Acredita-se que o efeito estufa, causado por altos níveis de dióxido de carbono, impediu a Terra de congelar. Durante os bilhões de anos seguintes, devido ao resfriamento, o vapor de água condensou para precipitar chuva e formar oceanos, que começaram a dissolver o dióxido de carbono. Seriam absorvidos 50% do dióxido de carbono nos oceanos. Surgiram organismos Fotossíntese que evoluíram e começaram a converter dióxido de carbono em oxigênio. Ao passar do tempo, o carbono em excesso foi fixado em combustíveis fósseis, rochas sedimentares (notavelmente pedra calcária), e conchas animais. Estando o oxigénio livre na atmosfera reagindo com o amoníaco, foi liberado azoto, simultaneamente as bactérias também iniciaram a conversão do amoníaco em azoto. Aumentando a população vegetal, os níveis de oxigénio cresceram significativamente (enquanto níveis de dióxido de carbono diminuíram). No princípio o oxigénio combinou com vários elementos (como ferro), mas eventualmente acumulou na atmosfera resultando em extinções em massa e evolução. Com o aparecimento de uma camada de ozônio(O3), a Ozonosfera, as formas de vida no planeta foram melhor protegidas da radiação ultravioleta. Esta atmosfera de oxigênio-azoto é a terceira atmosfera. Esta última, tem uma estrutura complexa que age como reguladora da temperatura e humidade da superfície.
Teoria da endossimbiose
Tanto as mitocôndrias como os cloroplastos possuem DNA bastante diferente do que existe no núcleo celular e em quantidades semelhantes ao das bactérias; As mitocôndrias utilizam um código genético diferente do da célula eucariótica hospedeira e semelhante ao das bactérias e Archaea; Ambos estes organelos se encontram rodeados por duas ou mais membranas e a mais interna tem diferenças na composição em relação às outras membranas da célula e semelhanças com a dos procariotas; Ambos se formam por fissão binária, como é comum nas bactérias; em algumas algas, como a Euglena, os cloroplastos podem ser destruídos por certas substâncias químicas ou por ausência prolongada de luz, sem que isso afecte a célula (que se torna heterotrófica); além disso, quando isto acontece, a célula não tem capacidade para regenerar os seus cloroplastos; Muito da estrutura e bioquímica dos cloroplastos, como por exemplo, a presença de tilacoides e tipos particulares de pigmentos, é muito semelhante aos das cianobactérias; análises filogenéticas de bactérias, cloroplastos e genomas eucarióticos também sugerem que os cloroplastos estão relacionados com as cianobactérias; A sequência do DNA de algumas espécies sugere que o núcleo celular contém genes que aparentemente vieram do cloroplasto.

Tanto as mitocôndrias como os cloroplastos possuem genomas muito pequenos, em comparação com outros organismos, o que pode significar um aumento da dependência destes organelos depois da simbiose se tornar obrigatória, ou melhor, passar a ser um organismo novo. Vários grupos de protistas possuem cloroplastos, embora os seus portadores serem, em geral, mais estreitamente aparentados com formas que não os possuem, o que sugere que, se os cloroplastos tiveram origem em células endosimbiontes, esse processo teve lugar múltiplas vezes, o que é muitas vezes chamado “endosimbiose secundária”.
Organismo multicelular
Os animais encontrados em todo o mundo são os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos, onychophorídeos, esponjas, priapulideos, e algas vermelhas. A idade de Tomotiana, começou aproximadamente 530 milhão anos, é uma subdivisão do cambriano superior. Nomeado por exposições da rocha na Sibéria, o Tomotiano viu a primeira radiação principal dos animais,incluindo a primeira aparência de um grande taxa de animais mineralizados tais como braquiopodes, trilobites, archaeocyatideos, equinodermos. Os climas do mundo eram suaves; não havia nenhuma glaciação. A maior parte América do Norte se colocava nas latitudes tropicais e temperadas do sul, que suportaram o crescimento de recifes extensivos do archaeocyathideos de água-rasa no cambriano mais inferior.
A explosão Cambriana
A explosão Cambriana foi o aparecimento relativamente rápido, em um período de vários milhões de anos, dos filos mais importantes cerca de 530 milhões de anos atrás, conforme encontrado no registro fóssil. Este surgimento foi acompanhado por uma grande diversificação de outros organismos, incluindo animais, fitoplâncton, e calcimicróbios.Formas de vida bizarras tomaram lugar nos oceanos, juntamente com trilobitas, crustáceos, moluscos, anelídeos, equinodermos, e outros filos animais existentes hoje em dia.
Trilobita
Animais como os Hallucigenia (não se sabe a que filo pertencia), que possuíam sete pares de espinhos numa face e sete tentáculos terminando em vigorosas pinças na outra (não se sabe qual seria seu dorso ou seu ventre), com um prolongamento em forma de tubo ou cilindro em uma extremidade e um espessamento na outra (não se sabe qual seria sua parte anterior ou posterior); os Opabínia, com cinco olhos em sua cabeça e um órgão que dela se projetava, terminando numa extremidade bifurcada; o Anomalocaris, um predador de 60 centímetros de comprimento, semelhante a um artrópode; e o Pikaia, um verme possuidor de uma corda cartilaginosa ao redor de um nervo dorsal, provavelmente o primeiro cordado. O único grupo de animais com um bom registo fóssil que só apareceu depois do Cambriano foi o filo Bryozoa, cujos exemplares mais antigos pertencem ao Ordoviciano Inferior. Os fósseis conhecidos por Biota Vendiana (ou "biota Ediacarana"), que incluem animais com espículas como as das esponjas e possivelmente tubos de vermes, apareceram no período que antecede o Cambriano, mas a localização destes fósseis nos filos actualmente conhecidos ainda está longe de estar esclarecida. O que não há dúvida é que o Cambriano foi uma época de extraordinária inovação e evolução, não só em termos do número de espécies, mas também no desenvolvimento de novos nichos e estratégias ecológicas, tais como a predação activa, a construção de abrigos subterrâneos complexos e a aparição ou diversificação das algas mineralizadas de vários tipos, como as algas coralinas e as dasicladáceas verdes. A Explosão Cambriana desperta a curiosidade dos cientistas, que questionam como a vida teria, após milhões de anos de estabilidade e pouca diversidade, subitamente gerado organismos tão diversos em um espaço tão curto de tempo, e por que isto jamais voltou a ocorrer. Alguns argumentam que, após milhões de anos gerando oxigênio através da fotossíntese, as algas tenham permitido o surgimento de organismos aeróbicos complexos, que demandavam de mais oxigênio para suas atividades do que as medusas e esponjas. Outros sugerem que cargas excepcionais de radiação emitidas por fontes externas tenham provocado mutações genéticas em altos índices, ocasionando as mudanças morfológicas aleatórias observadas nos fósseis.
Pré-Cambriano
O Éon Pré-cambriano é um conjunto de modificações em que o Planeta Terra passa na qual proporcionou diversas características da Terra, como a formação dos oceanos, da lua, de muitos minerais, de sua oxigenação, da formação de algumas vidas multicelulares e das placas tectônicas. O Pré-cambriano (ou Pré-Câmbrico) é o grande período de tempo na história da Terra antes do atual Éon Fanerozóico, e é um Superéon dividido em vários éons da escala de tempo geológico. Ele se estende desde a formação da Terra cerca de 4.600 bilhões de anos atrás (Ma) até ao início do Período Cambriano, cerca de 541,0 ± 1,0 Ma, quando os animais macroscópicos de carapaça dura apareceram pela primeira vez em abundância. O Pré-cambriano é assim chamado porque precede o Cambriano, o primeiro período do Éon Fanerozóico, que é nomeado após Cambria, o nome clássico para o País de Gales, onde as rochas dessa idade foram estudadas pela primeira vez. O Pré-cambriano é responsável por 88% do tempo geológico. Ele inicia há cerca de aproximadamente de 4,5 bilhões de anos com o início da Terra e terminou com o surgimento dos fósseis. Durante este éon, temos as divisões entre os períodos hadeanos, arqueano e proterozoico. Também é chamado de eón Pré-Cambriana ou Pré-Câmbrico, é o nome tradicional que se dá ao conjunto de éons anteriores ao Fanerozóico: o Proterozóico, o Arqueano e o Hadeano. Apesar de obsoleto, ainda consta do Quadro Estratigráfico Internacional da Comissão Internacional sobre Estratigrafia da União Internacional de Ciências Geológicas. Já recebeu nomes como Azóico ("sem vida") e Criptozóico ("vida oculta"), atualmente em desuso.

Posições de massas de terra no fim do Pré-cambriano
Relativamente pouco se conhece sobre o Pré-cambriano, apesar de fazer parte de cerca de sete oitavos da história da Terra, e o que é conhecido foi descoberto em grande parte, nos últimos 50 anos. O registro fóssil Pré-cambriano é mais pobre do que o do Fanerozóico, e esses fósseis presentes (por exemplo, estromatólitos) são de uso bioestratigráfico limitado.5 Isso ocorre porque muitas rochas Pré-cambrianas foram fortemente metamorfoseadas, obscurecendo suas origens, enquanto outras foram destruídos pela erosão ou permanecem profundamente enterrados sob estratos do Fanerozóico. Pensa-se que a própria Terra se formou a partir da acreção de material em órbita em torno do Sol aproximadamente 4500 Ma, ou 4,5 bilhões de anos (Ga), e pode ter sido atingida por um enorme (do tamanho de Marte) planetesimal pouco depois de se ter formado, projetando material que formou a Lua (ver hipótese do impacto gigante). A crosta estável estava aparentemente no lugar de 4400 Ma, uma vez que cristais de zircão da Austrália Ocidental foram datados de 4404 Ma.
Cambriano
Na escala de tempo geológico, o Cambriano ou Câmbrico é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está compreendido entre 542 milhões e 488 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Cambriano sucede o período Ediacarano da era Neoproterozoica do éon Proterozoico e precede o período Ordoviciano de sua era. Divide-se nas épocas Cambriana Inferior, Cambriana Média e Cambriana Superior, da mais antiga para a mais recente. O nome Cambriano vem de Cambria, que é a latinização de Cymru, o nome pelo qual os povos antigos que habitavam o País de Gales chamavam suas terras, onde foram encontrados os primeiros estratos rochosos deste período. Os locais onde se encontram rochas e fósseis deste período são relativamente raros, sendo os principais o Folhelho Burgess, no Canadá, o Folhelho de Maotianshan (ou biota de Chengjiang), na China e os argilitos de Emu Bay, na Austrália.
Existiam quatro continentes no Cambriano, três pequenos mais ou menos na região entre os trópicos: Laurentia (parte central da América do Norte), Báltica (parte da Europa) e Sibéria (mesma região no oeste russo); e um supercontinente no sul: Gondwana. Todos esses continentes eram de simples rocha nua e estéril, já que neste período ainda não existiam plantas, ainda que alguns especialistas acreditem que nas regiões mais úmidas poderia crescer um manto composto de fungos, algas e líquens. Os climas do mundo eram bem mais quentes; não havia nenhuma glaciação. A maior parte dos continentes se colocavam nas latitudes tropicais e temperadas do sul, que suportaram o crescimento de recifes extensivos de espécies do grupo Archaeocyatha na água rasa no Cambriano Inferior. O hemisfério norte era quase totalmente coberto por um oceano colossal, ao qual os paleontólogos deram o nome de Panthalassa. Também havia oceanos menores separando os continentes no hemisfério sul.
Durante o Cambriano, ocorre uma maior diversificação da vida, evento conhecido como explosão cambriana, devido ao período de tempo relativamente curto em que esta diversidade de espécies "surge". Dentre estas espécies, estão os graptólitos dendróides, que surgem no Cambriano Superior, e os arqueociatos, que surgem no Cambriano Inferior e extinguem-se no Cambriano Médio. O Cambriano marca um ponto importante na história da vida na Terra, é o período de tempo em que a maioria dos grupos principais de animais apareceram no registro do fóssil. Por muito tempo se considerou os fósseis do Cambriano como os mais antigos de nosso planeta, porém, atualmente foram encontrados fósseis mais antigos, que datam do período Vendiano (a última das partes dos chamados tempos Pré-Cambrianos). Os animais mostraram uma diversificação dramática durante este período da história da Terra. O maior registro de grupos animais ocorreu durante os estágios Tomotiano e de Atdabaniano do Cambriano Superior, em um intervalo de tempo de aproximadamente cinco milhões de anos, o que é extremamente curto para os padrões geológicos, motivo que fazem surgir muitas dúvidas e especulações sobre a explosão cambriana e é constantemente utilizado pelos opositores da teoria da evolução para fundamentar suas criticas a esta. Os principais animais encontrados em todo o mundo são os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos monoplacóforos, onicóforos, esponjas, e priapulídeos. A primeira subdivisão do Cambriano Inferior, a idade Tomotiana, que recebeu este nome devido a região da Sibéria onde suas rochas foram encontradas, viu a primeira radiação principal dos animais, incluindo a primeira aparência de um grande taxa de animais mineralizados tais como braquiópodes, trilobites, arqueociátos e equinodermos. O Burgess Shale, na província canadense de Colúmbia Britânica é considerado por muitos como o mais importante sítio fossilífero do período Cambriano. Abaixo algumas espécies descritas no local:

Olenoides serratus um trilobite Comprimento: 10 cm
Ottoia Um verme Comprimento: 8 cm
Waptia fieldensis um crustáceo Comprimento: 4 cm
Ordoviciano
Na escala de tempo geológico, o Ordoviciano ou Ordovícico é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está compreendido entre 488 a 443 milhões de anos aproximadamente. O período Ordoviciano sucede o período Cambriano e precede o período Siluriano, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Ordoviciana Inferior, Ordoviciana Média e Ordoviciana Superior, da mais antiga para a mais recente. Os limites do Ordoviciano são marcados pela ocorrência de graptozoários planctônicos. As rochas são geralmente os argilitos escuros, orgânico que carregam os restos dos graptólitos e podem ter sulfeto de ferro. Naquele período os terremotos eram frequentes.
No período Ordoviciano os Continentes ainda eram desérticos , rebaixados por epirogênese e invadidos por extensos mares rasos; o norte dos trópicos era quase inteiramente oceano, e a maior parte terrestre do mundo foi confinada ao sul, o supercontinente Gondwana. Durante todo o Ordoviciano, Gondwana foi deslocado para o polo sul e muito dele ficou debaixo d'água. Os graptozoários comuns nesse período são ótimos fósseis guias pois delimitam zonas biostratigráficas. O clima do ordoviciano era mais suave com temperaturas médias e a atmosfera muito úmida
Durante o Ordoviciano, os invertebrados ainda são as formas de vida animal dominantes, porém com formas mais "semelhantes" às atuais do que as do Cambriano. Os graptólitos graptoloides surgem no Ordovícico inferior. O Ordoviciano é o mais conhecido pela presença de seus invertebrados marinhos diversos, incluindo graptozoários, trilobites (estes atingiram seu auge neste período) e braquiópodes. Uma comunidade marinha típica conviveu com estes animais, algas vermelhas e verdes, peixes primitivos, cefalópodes, corais, crinóides, e gastrópodes. Mas recentemente, houve a evidência de esporos trietes que são similares àqueles de plantas primitivas terrestres, sugerindo que as plantas invadiram a terra neste período. A evolução dos protocordados desenvolveram os primeiros peixes sem mandíbulas. Entre os artrópodes ocorre o surgimento dos escorpiões do mar.
Asaphus kowalewski um trilobite
Isotelus brachycephalus um trilobite
Cheirurus ou Paraceraurus um trilobite
Siluriano
Na escala de tempo geológico, o Siluriano ou Silúrico é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está compreendido entre 443 milhões e 416 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Siluriano sucede o período Ordoviciano e precede o período Devoniano, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Llandovery, Wenlock, Ludlow e Pridoli, da mais antiga para a mais recente.
No Siluriano a fauna teve que se recuperar da extinção em massa do final do Ordoviciano, porém ela manteve a predominância de invertebrados, principalmente trilobites, crinóides, euriptéridos (escorpiões marinhos) e cefalópodes; embora os peixes já estivessem se diversificando bastante. Com relação a flora, este período é marcado pelo surgimento das primeiras plantas terrestres.
Eurypterus um escorpião marinho
Devoniano
Na escala de tempo geológico, o Devoniano ou Devónico, é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está compreendido entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Devoniano sucede o período Siluriano e precede o período Carbonífero, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Devoniana Inferior, Devoniana Média e Devoniana Superior, da mais antiga para a mais recente. Neste período se formaram muitos depósitos de petróleo e gás natural que temos hoje.
Neste período os continentes de Laurentia e Báltica colidem e formam o continente de Euramérica, reduzindo o número de continentes do mundo para três (os outros dois são Sibéria, no norte, e Gondwana, no sul). Os continentes começam a se aproximar cada vez mais, já indicando sua futura união para formar Pangeia. O clima era quente e o nível dos oceanos alto. o que fez com que muitas terras fossem cobertas por mares rasos, onde proliferavam grandes recifes de coral.
Durante o Devoniano, ocorre a proliferação dos peixes, que dominam de vez os ambientes aquáticos, motivo pelo qual o Devoniano é conhecido como "a idade dos peixes"; Além dessa proliferação, surgem os primeiros peixes com mandíbula. Surgem também os primeiros tubarões e os placodermos assumem o trono no topo da cadeia alimentar, porém se extinguem no final do período. Além disso, é neste período que surgem os primeiros anfíbios. Os graptólitos graptolóides extinguem-se e os trilobites iniciam sua decadência. Neste período também surgem as primeira formas de ammonoides, que só serão extintos no final do período Cretáceo, junto com os dinossauros. Com relação a vida terrestre, esta permanece dominada por artrópodes, dentre eles escorpiões e centopeias.
Goniatites um amonite Local: Norte da África Diâmetro: 13 cm
Carbonífero
Na escala de tempo geológico, o Carbonífero ou Carbónico é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está compreendido entre 359 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Carbonífero sucede o período Devoniano e precede o período Permiano, ambos de sua era. Na América do Norte o período é dividido em dois, o Mississippiano (entre cerca de 360 milhões e 318 milhões de anos atrás) e o Pennsylvaniano (entre cerca de 318 milhões e 299 milhões de anos atrás), sendo que em alguns outros locais estes "períodos" são considerados como épocas e consequentes subdivisões do período Carbonífero. O Carbonífero tem este nome devido as grandes quantidades de carvão mineral encontradas em formações rochosas da época na Inglaterra, onde foram datadas pela primeira vez rochas deste período. Estas grandes formações de carvão tem origem, segundo creem os especialistas, nas grandes florestas e pântanos que cobriam a maior parte das terras imersas do período. Apesar disto, na América do Norte, a maioria das jazidas de carvão são datados do Pennsylvaniano, enquanto que as formações do Mississippiano são formadas principalmente de rochas calcárias.
O início do Carbonífero foi marcado por um aumento do nível dos oceanos, que alagou muitas terras baixas criando mares litorâneos rasos. Porém tal efeito se reverteu em meados do período (cerca de 318 milhões de anos atrás). A mudança nos níveis dos oceanos causou considerável extinção na fauna marinha, principalmente entre crinóides (40% das espécies extintas) e ammonóides (80% das espécies extintas). Gondwana, o supercontinente do hemisfério sul, sofreu uma grande glaciação neste período, porém isto parece não ter causado diferença no clima equatorial do período, que se manteve tropical e propiciou o desenvolvimento de exuberantes florestas e pântanos. Também foi ao longo deste período que as massas de terra se uniram para formar o supercontinente Pangeia, que resistiu como único continente mundial até a era dos dinossauros.
Um dos aspectos marcantes do Carbonífero foi a proliferação das florestas e de novas formas de vida vegetal, apesar de licopódios e samambaias ainda predominarem (embora com uma diversidade incomparavelmente maior do que nos períodos anteriores), merecendo destaque para as chamadas "samambaias com sementes", hoje extintas. Também merece ressaltar que fora neste período que ocorreu o desenvolvimento das cicadáceas. Algumas das árvores desse período poderiam alcançar uma altura próxima aos 40 metros. Entre os principais gêneros fósseis botânicos do Carbonífero podemos destacar Calamites, Lepidodendron e Sigillaria.
Dentre os animais, se destaca a extinção total dos graptólitos e dos peixes mais primitivos (como os placodermos, por exemplo). O período também merece destaque pela proliferação dos animais terrestres, com grande variedade de artrópodes e anfíbios, além do surgimento dos primeiros répteis (os primeiros vertebrados totalmente terrestres a surgir em nosso planeta) e dos primeiros animais com a capacidade de voar (insetos, muitos deles semelhantes a libélulas). Ainda falando de artrópodes, merece destacar o grande tamanho de alguns (como, por exemplo, Arthropleura e Archimylacris) comparado com os atuais, segundo creem os cientistas, tal gigantismo destas criaturas seria consequência de uma maior porcentagem de oxigênio na atmosfera do período (sendo que se considera que os níveis de oxigênio na atmosfera naquele período superava os 35%, contra cerca de 21% da atualidade).
Proterogyrinus Um anfíbio reptilomorfo Comprimento: 2,5 m
Hylonomus lyelli um réptil comprimento: 20 cm
Meganeura monyi Um inseto
Fóssil de Lepidodendron lycopodioides
Permiano
O Permiano ou Pérmico é um período geológico que se estende de 298,9 ± 0,15 a 252,17 ± 0,06 milhões de anos. 5 É o último período da era Paleozóica, após o período Carbonífero e antes do período Triássico do Mesozóico. O termo foi introduzido pela primeira vez em 1841 pelo geólogo Roderick Murchison, em homenagem a Krai de Perm, na Rússia, onde estratos do período foram originalmente encontrados. O Permiano testemunhou a diversificação dos amniotas iniciais até os grupos ancestrais dos mamíferos, tartarugas, lepidossauros e arcossauros. O mundo na época era dominada por um único supercontinente conhecido como Pangea, cercado por um oceano global chamado Pantalassa. As florestas extensas do Carbonífero havia desaparecido, deixando para trás vastas regiões de deserto árido no interior continental. Répteis, que poderia lidar melhor com essas condições mais secas, predominaram no lugar de seus ancestrais os anfíbios. O período Permiano (e a era Paleozóica) terminou com a maior extinção em massa na história do planeta Terra, em que cerca de 90% das espécies marinhas e 70% das espécies terrestres desapareceram. No Brasil, a formação Irati pertence a este período. No Sudoeste do Rio Grande do Sul há uma área com fósseis do Permiano que datam a 270 milhões de anos. Merecendo destaque para o chamado Mesosaurus brasiliensis, um pequeno réptil aquático encontrado pelo cientista alemão Alfred Wegener, em 1911, cuja similaridade com a espécie sul-africana do fóssil o fez lançar as bases da teoria da deriva continental.
O termo Permiano foi introduzido na geologia em 1841 por Roderick Murchison, presidente da Sociedade Geológica de Londres, que identificou estratos típicos em extensas áreas de explorações russas realizadas com Edouard de Verneuil. Murchison afirmou em 1841 que ele chamou o seu "Sistema de Permiano", em homenagem ao antigo reino de Permia, e não por causa da pequena cidade de Perm, como geralmente é assumido. A região encontra-se agora na Krai de Perm, na Rússia.
Subdivisões oficiais do Sistema Permiano, da camadas mais recente para as camadas rochosas mais antigas são:
Permiano Superior ou Lopingiano, Tatariano ou Zechsteino, [260.4 ± 0.7 - 251.0 ± 0.4 milhões de anos]
- Changhsingiano [253.8 ± 0.7 - 251.0 ± 0.4 milhões de anos]
- Wuchiapingiano [260.4 ± 0.7 - 253.8 ± 0.7 milhões de anos]
- Outros:
- Waiitiano (Nova Zelândia) [260.4 ± 0.7 - 253.8 ± 0.7 milhões de anos]
- Makabewano (Nova Zelândia) [253.8 - 251.0 ± 0.4 milhões de anos]
- Ochoano (America do Norte) [260.4 ± 0.7 - 251.0 ± 0.4 milhões de anos]
Permiano Médio, ou Guadalupiano [270.6 ± 0.7 - 260.4 ± 0.7 milhões de anos]
- Capitaniano [265.8 ± 0.7 - 260.4 ± 0.7 milhões de anos]
- Wordiano [268.0 ± 0.7 - 265.8 ± 0.7 milhões de anos]
- Roadiano [270.6 ± 0.7 - 268.0 ± 0.7 milhões de anos]
- Outros:
- Kazaniano ou Maokoviano (Europeu) [270.6 ± 0.7 - 260.4 ± 0.7 milhões de anos]
- Braxtoniano (Nova Zelândia) [270.6 ± 0.7 - 260.4 ± 0.7 milhões de anos]
Permiano Inferior ou Cisuraliano [299.0 ± 0.8 - 270.6 ± 0.7 milhões de anos]
-
- Kunguriano (Ireniano / Filippoviano / Leonard) [275.6 ± 0.7 - 270.6 ± 0.7 milhões de anos]
- Artinskiano (Baigendziniano / Aktastiniano) [284.4 ± 0.7 - 275.6 ± 0.7 milhões de anos]
- Sakmariano (Sterlitamakiano / Tastubiano / Leonard / Wolfcamp) [294.6 ± 0.8 - 284.4 ± 0.7 milhões de anos]
- Asseliano (Krumaiano / Uskalikiano / Sureniano / Wolfcamp) [299.0 ± 0.8 - 294.6 ± 0.8 milhões de anos]
- Outros:
- Telfordiano (Nova Zelândia) [289 - 278] Mangapiriano (Nova Zelândia) [278 - 270.6]
No final deste período, ocorreu a conclusão da formação do supercontinente Pangea, devido à acreção das placas continentais (facto resultante da ocorrência de forças tectónicas). O desaparecimento dos mares fez com que o clima se tornasse mais seco no continente. Longe dos ventos que traziam a umidade do mar, estas regiões converteram-se em desertos colossais, o que possivelmente dificultava muito a sobrevivência de animais e plantas. O clima mais seco também fez diminuir as grandes florestas e pântanos (abundantes no Carbónico), assim os níveis de oxigênio da atmosfera também diminuíram até os níveis actuais, ou talvez até mesmo um pouco inferiores.A flora é caracterizada pelo surgimento e pela proliferação das coníferas, que se tornam as plantas dominantes a partir deste período e se mantém até o período Cretáceo, quando se dá a proliferação das angiospermas. Outras plantas comuns da época incluem cicadáceas e as chamadas samambaias com sementes, destas se destaca o gênero Glossopteris. O fóssil mais antigo encontrado até hoje, do período Permiano, é de uma Glossopteris.Relativamente à fauna, se destacam o maior desenvolvimento e diversificação dos répteis; que passam a dominar definitivamente o mundo, atingindo grandes porte (ex. Moschops) e o topo da cadeia alimentar (ex. Dimetrodon); e a decadência dos artrópodes gigantes; que se extinguem neste período. Com a queda do nível de oxigênio da atmosfera, os artrópodes terrestres já não podiam manter o grande porte, embora no início do Permiano algumas espécies ainda persistiam (ex.: Apthoroblattina). No Permiano ainda não existiam lissanfíbios (anfíbios modernos), mamíferos, tartarugas, lepidossáurios (lagartos), pterossauros e nem dinossauros, mas os ancestrais de todos estes grupos já existiam, prontos para evoluir e lhes dar origem durante o Triássico. A fauna terrestre do período se destacam um grupo de répteis que se acredita terem sido os ancestrais dos mamíferos e inclusive compartilhavam mais características com estes do que com os répteis atuais, os sinapsídeos, os quais se dividiam em dois grupos principais: os pelicossáurios (mais primitivos e que se extinguiram ao final do período) e os terapsídeos (que sobreviveram incluso a extinção massiva do final do período). Nas águas doces havia anfíbios gigantes e no mar, tubarões primitivos, moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobitas (embora estes já haviam se tornado bem raros) e artrópodes gigantescos conhecidos como escorpiões marinhos. As únicas criaturas voadoras do período eram insetos, muitos deles bem semelhantes as atuais libélulas (ex.: Meganeuropsis permiana).

Eryops megalocephalus Um anfíbio labirintodonte Comprimento: 3 m
Scutosaurus karpinskii Um réptil anapsídeo Comprimento: 3,5 m
Edaphosaurus Um réptil pelicossáurio Comprimento: 3 m
Moschops capensis Um réptil terapsídeo Comprimento: 5 m
Prionosuchus plummen um anfíbio Comprimento: 9 m
O final do período Permiano é marcado por uma extinção em massa de proporções nunca antes vistas, onde 95% da vida na Terra desapareceu, incluindo os trilobites e os escorpiões marinhos, esse evento é conhecido como extinção Permo-triássica; porém alguns grupos sobreviveram e voltaram a se desenvolver, entre eles os amonites e os répteis terapsídeos. As causas de tal extinção permanecem desconhecidas, porém a maioria dos especialistas supõem se tratar de mudanças climáticas extremas e bruscas, chamadas de Hipótese da arma de clatratos. Alguns também aceitam a hipótese da queda de um gigantesco meteoro tê-la causado ou mesmo agravado. Segundo os adeptos desta teoria, o meteoro teria caído em alguma parte onde é hoje o continente da Antártida.
Triássico
Triássico (ou Triásico) é um período geológico que se estende desde cerca de 250 a 200 (milhões de anos atrás). É o primeiro período da Era Mesozoica e fica entre o Permiano e Jurássico. O início e o fim do período são marcados por eventos de extinção em massa. O Triássico foi nomeado em 1834 por Friedrich Von Alberti, após as três camadas de rochas distintas ("tri" significa "três") de que são encontrados em toda a Alemanha e noroeste da Europa (Terra vermelha, tampado por giz, seguido por folhelhos pretos) chamados Trias. O Triássico começou com a extinção do Permiano-Triássico, que deixou a biosfera da Terra pobre; levaria muito tempo para a vida recuperar sua diversidade anterior. Terapsídeos e arcossauros eram os principais vertebrados terrestres durante este tempo. Um subgrupo especializado de arcossauros, os dinossauros, apareceram pela primeira vez no Triássico, mas não se tornou dominante até o Jurássico. Os primeiros verdadeiros mamíferos também evoluíram durante este período, bem como os primeiros vertebrados voadores, os pterossauros. O vasto supercontinente Pangeia existiu até o Triássico, após começou gradualmente a fissura que separaria as duas massas de terra, a Laurásia ao norte e Gondwana ao sul. O clima global durante o Triássico era mais quente e seco, com desertos abrangendo grande parte do interior de Pangeia. No entanto, o clima mudou e se tornou mais (h)úmido, com a separação de Pangeia. O final do período foi marcado por outra grande extinção em massa, acabando com muitos grupos e permitindo que os dinossauros assumissem o domínio no Jurássico. Em Portugal, o Triásico é sobretudo conhecido pela formação geológica Grés de Silves, com Metoposaurus e fitossauros.
urante o Triássico, quase toda a massa de terra do planeta foi concentrada em um único supercontinente centrado mais ou menos na linha do equador, chamado Pangeia ("todas as terras"). Ao leste de Pangaea estava o mar de Tétis. Ali existia o oceano PaleoTétis, um oceano que existiu durante a era Paleozoica. As margens restantes foram cercadas pelo imenso oceano conhecido como Pantalassa ("todo o mar"). Todos os sedimentos do fundo do mar estabelecidas durante o Triássico desapareceram através de subducção das placas oceânicas, assim, muito pouco se sabe sobre o oceano aberto do Triássico. O supercontinente Pangaea foi rifteado durante o Triássico, especialmente no final do período, quando ainda não havia começado a separação. Os sedimentos não marinhos das primeiras fendas que marcaram a primeira ruptura de Pangeia, que separou New Jersey do Marrocos, são da idade Triássico Superior. Nos EUA, estes sedimentos grossos compõem o grupo Newark.6 Devido ao litoral limitado do super-continente, depósitos marinhos do Triássico são relativamente raros, apesar de sua proeminência na Europa Ocidental, onde o Triássico foi estudado. Na América do Norte, depósitos marinhos são limitados a algumas exposições no oeste. Assim a estratigrafia do Triássico se baseia principalmente em organismos que viveram em lagoas e ambientes hipersalinos, como os crustáceos Estheria.
África
No início da era Mesozoica, a África se juntou a outros continentes da Terra formando Pangaea. A África compartilhava uma fauna relativamente uniformes em todo o supercontinente, que foi dominado por terópodes, prossaurópodes e ornitísquios primitivos até o final do período Triássico. Fósseis do Triássico Superior são encontrados em toda a África, mas é mais comum no sul do que ao norte. O advento que separa o Triássico do Jurássico e o impacto global da extinçãol, embora haja estratos africanos deste período não foi minuciosamente estudado.
América do Sul
No Rio Grande do Sul, Brasil, foi encontrado o estauricossauro, um dos primeiros dinossauros do planeta. Também foram encontrados os primeiros mamíferos verdadeiros o Brasilitherium e o Brasilodon. A região possui vários sítios paleontológicos, que pertence às camadas geológicas Formação Santa Maria e Formação Caturrita.
Tomamos por base a Austrália de hoje como exemplo do que ocorria na Pangeia, observe que é um grande continente cercado por um oceano, o clima nas bordas da Austrália é mais razoável do que seu interior (região central), onde um imenso deserto existe. A brisa oceânica consegue amenizar as temperaturas na borda da Austrália, mas o efeito desta brisa diminui indo para o interior desta, e de forma semelhante era isso que ocorria na Pangeia. No Triássico o clima era muito mais quente e seco do que atualmente. A temperatura média do planeta era quase o dobro da atual. Isso favorecia o aparecimento de formações de arenito e evaporito. Perto de cada um dos polos, não há nenhuma evidência de glaciação. O clima nesta região era ameno, favorecendo a proliferação de florestas. Aparentemente, as regiões polares tinham um clima (h)úmido e temperado, ideal para os répteis. Se formos procurar onde eram os polos daquela época, encontraremos vaporitos e paleodunas. Na região do Canadá existem grandes quantidades de carvão.
Vida
Flora
Durante os períodos Permiano e Triássico, os registros de âmbar são escassos. A partir do Triássico, pteridospermas são gradualmente substituídas por formas mais evoluídas de gimnospermas – as coníferas. Houve a expansão da vegetação de gimnospermas, espécies arborescentes com flores, semente e estróbilos menos elaborados, portanto dispersas pelo vento (as mais conhecidas são os pinheiros, ciprestes e cicas). Em terra, os resquícios de vegetação que encontramos no Triássico são de Licófitas que viveram do Devoniano ao Triássico. Seu auge foi no Carbonífero. Atingem cerca de 30 a 40 metros de altura e as cicas surgem nesta época. Possuem muita lignina. Os herbívoros tinham uma série de pedras no estômago, os gastrólitos, para ajudar a digerir a celulose. Nas florestas, prosperavam samambaias, ginkgos e coníferas. Estas últimas vão dominar boa parte do mesozoico, pois eram melhor adaptadas à intensa variação de temperatura.
Fauna Marinha
Triássico Médio sequência do litoral marinho,Utah Surge uma nova radiação em ambientes marinhos. Novos tipos de corais, os hexacorais (Hexacorallia) surgem no Triássico inferior, formando, de maneira modesta pequenas manchas de recifes, em comparação com sistemas de recifes de coral atuais ou anteriores, como no Devoniano. As amonites, um tipo de molusco marinho, escaparam por pouco da extinção total. A fauna dos peixes que povoam mares e rios atualmente estão na mesma linha evolutiva dos peixes do triássico, não foram extintos. Exemplo: dipnoicos. Neste período, surge a família Pteriidae, moluscos bivalves que possuem a capacidade de produzir pérolas. Os animais mais ferozes do mar são os répteis. Dominam os oceanos.
Fauna Terrestre
A extinção do Permiano-Triássico devastou a vida terrestre. A biodiversidade se recuperou lentamente e a complexa diversidade levou 30 milhões de anos para se restabelecer. Os anfíbios Temnospondyli estão entre os grupos que sobreviveram à extinção do Permiano-Triássico, algumas linhagens (por exemplo trematossauros) tiveram uma vida breve no Triássico Inferior, enquanto outros (por exemplo, capitossauros) mantiveram-se bem sucedidos durante todo o período. Outros, apenas ganharam destaque no final do Triássico (plagiossauros um exemplo de metopossauros). Os primeiros anfíbios Lissanfíbios, caracterizados pelas rãs, são conhecidos desde o Triássico inferior, mas o grupo só se tornou comum no Jurássico, quando os temnospondylis se tornaram muito raros. Répteis Archosauromorphas, progressivamente substituíram os sinapsídeos que dominavam no Permiano, embora o Cynognathus fosse o principal predador do Triássico inferior (Olenekiano e Anisiano) em Gondwana. Os dicinodontes Kannemeyeriidae e os cinodontes gomphodontes permaneceram como importantes herbívoros durante grande parte do período. Até o final do Triássico, os sinapsídeos tiveram um papel pequeno. Durante o Carniano, os cinodontes tiveram alguns avançados que deram origem aos primeiros mamíferos (Brasilitherium e Brasilodon). O Ornithodira, que até então era um grupo pequeno e insignificante, evoluiu para os pterossauros e uma variedade dos dinossauros. O Crurotarsi foi um outro clado de dinossauros importantes, que no final do Triássico alcançou grande diversidade, junto com vários outros grupos, incluindo os phytossauros, aetossauros, várias linhagens distintas de Rauisuchia e os primeiros crocodilos (o Sphenosuchia). Os atarracados rincossauros herbívoros e os pequenos e médios Prolacertiformes (insetívoros ou piscívoros) foram importantes grupos basais Archosauromorphas durante a maior parte do Triássico. Entre outros répteis, as primeiras tartarugas, como Proganochelys e Proterochersis, apareceram durante o Noriano. Os Lepidosauromorphas especificamente o Sphenodontia foi o primeiro registro fóssil ocorrido no Carniano. Os Procolophonidae foi um importante grupo de pequenos lagartos herbívoros. Os Arcossauros inicialmente eram raros em relação aos terapsídeos que haviam dominado os ecossistemas terrestres no Permiano, mas isso mudou no Triássico. 10 Esta mudança pode ter contribuído para a evolução dos mamíferos, forçando os terapsídeos sucessores a mudarem sua forma mammaliaformes para viver como pequenos insetívoros noturnos. A vida noturna, provavelmente forçou os pequenos mammaliaformes a desenvolver pele e maior taxa metabólica.

Prestosuchus chiniquensis um crocodilomorfo
Unaysaurus tolentinoi um dinossauro: Unaysaurus é um género de dinossauro Sauropodomorpha, e é um dos mais antigos dinossauros conhecidos. Foi descoberto no Sul do Brasil em 1998, e foi anunciado em uma coletiva de imprensa em 2004. Um membro de um grupo de dinossauros herbívoros conhecidos como Prosauropoda, que está estreitamente ligado a um dinossauro encontrado na Alemanha, o que indica que ele foi uma espécie que se espalhou com relativamente facilidade pelo supercontinente Pangéia. Como a maioria dos primeiros dinossauros, o unaissauro era relativamente pequeno, e andava sobre duas pernas (bípede). Tinha apenas 2,5 metros de comprimento, 70 a 80 centímetros de altura e pesava cerca de 70 kg.

Cynognathus crateronotus um cinodonte: O cinognato (Cynognathus crateronotus), cujo nome significa "mandíbula de cão", foi um membro da classe Synapsida que engloba animais pré-históricos com características intermédias entre répteis e mamífero. É o único representante da família Cynognathidae e tem distribuição quase mundial. Este animal viveu no início do Triássico (por volta de 250 milhões de anos atrás). Tinha uma cauda larga, esqueleto leve e dentes caninos alongados e pontiagudos, característica típica dos animais carnívoros. Há evidências de que este animal tenha tido bigodes (tal como os gatos), o que o aproxima dos mamíferos. Ele tinha mandíbulas capazes de quebrar ossos.

Herrerasaurus ischigulastensis um dinossauro primitivo: O Herrerassauro foi um dos mais antigos dinossauros. Seu nome significa “lagarto de Herrera”, em homenagem ao rancheiro que descobriu o primeiro espécime. Todos os fósseis conhecidos do dinossauro carnívoro foram encontrados em rochas da era Carniana (Triássico tardio de acordo com o ICS, datado de aproximadamente 231,4 milhões de anos atrás) na região nordeste da Argentina. O espécie-tipo, Herrerasaurus ischigualastensis, foi descrito por Osvaldo Reig em 1963 e é a única espécie designada do gênero. Ischisaurus e Frenguellisaurus são seus sinônimos. Durante muitos anos, a classificação do Herrerassauro permaneceu nebulosa já que o dinossauro só era conhecido por espécimens com restos significativamente fragmentados. Devido a isso ele foi classificado de diferentes maneiras: foi hipotetizado como sendo um terópode basal, um sauropodomorpha basal, um saurisquiano basal, e foi até classificado não como um dinossauro mas como um tipo de arcossauro. Entretanto, com a descoberta em 1988 de um crânio e esqueleto quase completos, o Herrerassauro vem sendo classificado ou como um terópode recente ou um saurisquiano recente em pelo menos cinco publicações recentes sobre a evolução dos terópodes, com muitos pesquisadores o tratando, tentativamente, como o membro mais primitivo dos Terópoda. Ele é um membro dos Herrerasauridae, uma família de gênero similar, que está entre um dos mais antigos membros da radiação evolucionária dos dinossauros.

Outros membros do clade podem incluir o Eoráptor, proveniente da mesma Formação de Ischigualasto na Argentina que o Herrerassauro foi encontrado, o estauricossauro da Formação Santa Maria no sul do Brasil, o chindessauro da parte superior da Floresta Petrificada do Arizona, e possivelmente o Caseosaurus da Formação do Grupo Dockum no Texas, embora o parentesco entre esses animais não seja completamente compreendido, e nem todos os paleontólogos concordam com a natureza de seus relacionamentos. Outros possíveis terópodes basais, como o Alwalkeria da Formação Maleri na Índia durante o Triássico tardio, e o Teyuwasu, conhecido a partir de restos muito fragmentados do Triássico tardio do Brasil, também podem ser aparentados. Paul (1988) notou que o estauricossauro pricei havia sido incorretamente sugerido como um Herrerassauro juvenil. Essa alegação foi refutada quando os ossos pélvicos de um Herrerassauro juvenil foram encontrados, e que após examinação não era similar aos ossos pélvicos do estauricossauro.

Megazostrodon um mamífero primitivo
Staurikosaurus pricei um dinossauro primitivo: O estauricossauro é um gênero de dinossauro Herrerasauridae carnívoro e semi-bípede que viveu durante o período Triássico, no Brasil. Foi um dos primeiros dinossauros existentes no Planeta.
Estauricossauro era um pequeno terópode que viveu no final do Período Triássico, há 225 milhões de anos - especificamente no Carniano. É um dos primeiros dinossauros que é conhecido. Com apenas 2,25 metros , 80 centímetros de altura, e pesando apenas 30 kg, o Estauricossauro era pequeno em comparação com terópodes que viriam mais tarde como o megalossauro. Pesquisas mais recentes parecem confirmar que Estauricossauro e o Herrerasaurus estão relacionados e são definitivamente terópodes. Evoluíram da linha saurópode. Existem registros incompletos de Estauricossauro, compostos na maior parte da coluna, as pernas e o maxilar inferior grande. No entanto, datam de um período tão recente na história dos dinossauros e é uma forma tão primitiva. A maioria do Estauricossauro e outras características tiveram que ser reconstruída. Por exemplo, Estauricossauro é normalmente representado com cinco dedos - recursos muito simples de um dinossauro não especializadas. No entanto, desde a estrutura do esqueleto das pernas é conhecida, pode-se observar que Estauricossauro era um corredor rápido para seu tamanho. Ele também havia acabado de se juntar duas vértebras da pelve para a coluna, um arranjo nitidamente primitiva. A cauda teria sido longa e fina para equilibrar – saurópodes mais tarde teriam rabos mais curtos em relação ao seu tamanho.

Lystrosaurus georgi um terapsídeo: Lystrosaurus foi um terapsídeo do período Permiano recente e Triássico Inferior, que viveu há aproximadamente 250 milhões de anos no que é agora a Antárctica, a Índia e a África do Sul. Ele foi um sinapsídeo comum, um grupo de animais ancestrais dos mamíferos. Mais especificamente ele foi um dicinodonte (que significa "ter dois dentes caninos"). Os Lystrosaurus foram corpulentos de peito largo de tamanho médio (aproximadamente um metro de comprimento) e herbívoros, aproximadamente do tamanho de um porco, com membros muito fortes. Os seus dentes foram reduzidos a duas presas longas que sobressaem das suas maxilas superiores. Originalmente pensava-se que fossem de hábitos anfíbios, como um pequeno hipopótamo reptiliano, mas algumas evidências mais recentes indicam que eles viveram em ambientes áridos, que eram cada vez mais comuns durante o Triássico.
O Lystrosaurus foi um terapsídeo classificado como dicinodonte, media aproximadamente 1 metro de comprimento e pesava aproximadamente 200 quilos. Diferentemente de outro terápsidas, esse dicinodonte teve focinho muito curto e nenhum dente exceto os caninos superiores parecidos com presas. Os dicinodontes tinham bicos córneos como aqueles das tartarugas marítimas, para tosquiar partes da vegetação, tinham um palato secundário córneo. O movimento de mastigação era feito de frente para trás, em vez de lateral ou de cima para baixo. Os músculos de maxila eram atados excepcionalmente distantes para a frente do crânio e tomaram muito espaço em cima e atrás do crânio. Como isso os olhos foram estabelecidos no altos da cabeça, a cara era curta.
Carvão
No início do Triássico, é perceptível pelos geólogos a ausência de carvão em todo o mundo. Isto é conhecido como a lacuna do carvão e pode ser consequência do evento de extinção do Permiano-Triássico. A queda brusca no nível do mar em todo o Permo-Triássico pode ser a explicação para a lacuna do carvão. No entanto, as teorias ainda são especulativas a respeito do porquê de o carvão estar ausente. Durante o período anterior, no Permiano, as condições deserticas e áridas contribuíram para a evaporação de muitos dos mares interiores e inundações desses mares. Podem ter sido responsáveis pela queda no nível do mar. Essa hipotese é devido à descoberta de grandes bacias de sal no sudoeste dos Estados Unidos e uma bacia muito grande no centro do Canadá. Grande parte da flora Glossopteris foi repentinamente 16 substituída pela flora hoje largamente existente na Austrália, contendo poucas espécies de coníferas e contendo as herbáceas Lycopodiaceae. Coníferas também se tornaram comuns na Eurásia. Destes grupos de coníferas surgiram espécies endêmicas por causa das barreiras oceânicas que impediram as sementes de passarem de um local para outro por mais de cem milhões de anos. Por exemplo, Podocarpis são localizados ao sul e Pinheiros, zimbros e sequóias são localizados ao norte. A linha divisória percorre o vale do Amazonas, o Saara, o norte da Arábia, a Índia, Tailândia e Austrália. Tem sido sugerido que havia uma barreira climática para as coníferas, 19 embora uma barreira aquática seja mais plausível. Este fato pode estar envolvido com a lacuna do carvão. O clima quente pode ter sido outro fator auxiliar importante, cruzando a Antártida ou o estreito de Bering. Houve um pico de esporos de samambaias e Lycopodiaceae imediatamente após o fim do Permiano. Houve também um aumento de esporos de fungos imediatamente após o limite Permiano-Triássico. Este ponto pode ter durado 50 mil anos na Itália e 200 mil anos na China e deve ter contribuído para o clima quente. Um evento sem uma catástrofe pode ter gerado a lacuna do carvão devido ao fato de que os fungos terem removido toda a vegetação morta e os detritos não formaram carvão, os detritos podem desaparecer em poucas décadas na maioria dos lugares tropicais. Os esporos de fungos aumentou gradualmente e decaiu igualmente junto com uma prevalência de resíduos lenhosos. Cada fenômeno poderia sugerir a morte da vegetação generalizada. Seja qual for a causa do lacuna do carvão deve ter começado na América do Norte aproximadamente 25 milhões de anos antes.
Colonização da superfície
Embora os peixes já estivessem de diversificando bastante. Com relação a flora, este período é marcado pelo surgimento das primeiras plantas terrestres. Durante o Devoniano, ocorre a proliferação dos peixes, que dominam de vez os ambientes aquáticos, motivo pelo qual o Devoniano é conhecido como "a idade dos peixes"; surgem os primeiros tubarões e os placodermos assumem o topo a cadeia alimentar, porém se extinguem no final do período, além disso, é neste período que surgem os primeiros anfíbios. Os graptólitos graptolóides extinguem-se e os trilobites iniciam sua decadência. Neste período também surgem as primeira formas de amonites, que só serão extintos no final do período Cretáceo, junto com os dinossauros. Com relação as plantas, é neste período que licopódios, samambaias e progimnospermas formamos primeiros bosques. O Carbonifero tem este nome pois foi neste período que a maioria das florestas que se transformaram no carvão mineral que temos hoje existiram. Nessas florestas ainda predominam licopódios e samambaias (embora com uma maior diversidade, merecendo destaque para as chamadas "samambaias com sementes", hoje extintas). A formação da Pangeia. Relativamente à fauna, se destacam o maior desenvolvimento e diversificação dos répteis; que passam a dominar definitivamente o mundo, atingindo grandes porte (ex. Moschops) e o topo da cadeia alimentar (ex. Dimetrodon); e a decadência dos artrópodes gigantes; que se extinguem neste período. No permiano ainda não existiam lissanfíbios, mamíferos, tartarugas, lepidossauros, pterossauros e nem dinossauros, mas os ancestrais de todos estes grupos já existiam, prontos para evoluir e lhes dar origem durante o triássico.

Pangeia
A fauna terrestre do período se destacam animais que não eram nem répteis nem mamíferos e pertenciam ao grupo dos synapsida. Nas águas doces havia anfíbios gigantes e no mar, tubarões primitivos, moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobitas (embora estes já estivessem se tornando mais raros) e artrópodes gigantescos conhecidos como eurypterida ou escorpiões do mar. As únicas criaturas voadoras do período eram parentes gigantes das libélulas. A Pangeia separa em Laurásia e Gondwana. Durante o Cretáceo, os dinossauros alcançam seu ápice (mais da metade das espécies conhecidas viveram neste período), mas ao fim do período acaba ocorrendo a extinção em massa desses grandes répteis e dos animais da Terra (cerca de 60% deles foi extinto).A teoria mais aceita é a de que a queda de um meteorito na Península de Yucatán, no México, levantou muita poeira e essa poeira cobriu a Terra evitando a passagem do Sol e causando um resfriamento da terra que levou à Era Glacial. Então os seres fotossintetizantes não puderam realizar a fotossíntese e acabaram morrendo.Com isso, houve uma quebra da cadeia alimentar e um desequilíbrio ecológico. É no mesmo período que surgem os mamíferos placentários primitivos e as plantas com flores proliferam. Neste período os continentes começaram a se formar a caminho do que são hoje. Após a queda dos dinossauros, houve e a diversificação dos mamíferos (alguns tornaram-se enormes), e o auge das aves . A primeira época do período foi a época em que a Terra se recuperou da catástrofe que extinguiu os dinossauros. Os pequenos mamíferos proliferaram e as aves assumiram o topo da cadeia alimentar. O clima ainda era bem quente, e o mundo de uma forma geral se assemelhava ao do final do Cretáceo. No inicio da época as aves ainda eram os predadores dominantes, porém com o tempo mamíferos carnívoros se desenvolveram e as substituíram. Também surgiram os primeiros grandes mamíferos. No início da época o clima tropical se espalhava até as regiões polares, porém, ao final dessa época o clima começa a se esfriar, a vegetação próxima aos pólos começa a se tronar semelhante as de tundra e taiga e tem inicio o processo de congelamento dos pólos. Estas alterações causam uma considerável extinção nos animais da época. O clima começa a se tornar mais semelhante ao atual, embora ainda seja, em geral, um pouco mais quente. O domínio dos mamíferos se confirma, com exceção das regiões mais isoladas. A flora já se torna bem semelhante à atual.